sábado, 17 de agosto de 2013

Espetáculo off



Ao final do espetáculo
quando os holofotes apagaram-se
e as cortinas enfim se fecharam
o vazio se alastrou
 
vendo ter deixado meu intimo palco 
a pouco de forma tão ínfima
Que é sempre tão mágico para min
Eu palhaço, chorei
mas ninguém viu ou ouviu
 as lágrima
sozinhas caíram
sem plateia, sem palco ou publico
Porque palhaço não chora
e isso é tudo.

Vazio espontâneo

















A vida como um outdoor barato
cintilante e frágil

Ilustrada e estereotipada
mutável e obsoleta

Invisível e visível
aos olhos de quem só a vê ou  enxerga

Anúncios vazios em cada esquina
pessoas transbordando em todas as avenidas
carros estáticos em seus caminhos para casa

Seus desejos hoje são inertes a sua vontade
ansiando sentir medo sentindo nada.